Breve #11 — Sexting
Posso estar prestes a cometer um equívoco muito comum e pecar na generalização. Creio que cheguei, ou antes, ou depois do seu Sexting, nunca chego no meio, afinal, nesse momento você está ocupado demais sendo muito criativo.
Você, como todos nós, está subindo pelas paredes e uivando para a lua de tanto tesão aprisionado aí dentro…
O papo começa com um “estou com saudades” e, de repente, vocês caem naquela conversa estranha de “se eu estivesse aí eu faria x coisa”, onde x é uma posição sexual, um fetiche ou algo aleatório (por vezes cômico, mas nem por isso menos prazeroso) que a outra pessoa sugeriu.
Transar escrevendo é um jeito bem singular proporcionar um orgasmo em alguém, mas é o que está disponível nesse período bizarro.
Você só quer uma “mãozinha” pra te ajudar a chegar lá, porque seu corpo já decorou os seus movimentos… e esse “algo a mais” só pode rolar com outra pessoa.
Uma foto, um stories privado de 5 segundos, um vídeo caseiro, um textão detalhado, uma videochamada, uma ligação (para os mais alternas) ou inúmeros áudios onde o assunto começa no “boa tarde” e termina com um “vou chupar você sem parar”.
E não pense que escrever o ato sexual é uma tarefa fácil, muito pelo contrário, um erro ou dois e você passa de “hmmm delícia” para “mas gente, o que está acontecendo?”.
Há quem já se tornou profissional na arte de excitar pelas palavras… mais uma prova de que sexo não é só o ato propriamente dito, tem tanta coisa envolvida que na hora do “aperto”, encontramos uma saída.
E é nessa hora que damos valor a tudo que as mãos não tocam, os olhos não veem e a boca não sente. Por que não exercitamos isso com mais frequência? Não o Sexting, mas os demais sentidos quando o assunto é sexo?
A criatividade deveria ser uma parceira fixa, fica aí uma ideia.
Não vou tomar o seu tempo, vai que aquela notificação que você tanto queria, chegou.
Bom Sexting para vocês.
